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Contadora responsável pela Somos IC, apresenta trabalho sobre diversidade nas organizações.

A diversidade nas organizações empresariais é um tema de crescente relevância na atualidade, refletindo uma mudança paradigmática no ambiente corporativo global. A importância da diversidade vai além do cumprimento de quotas ou regulamentações; trata-se de reconhecer e valorizar as diferenças individuais como fontes de inovação, criatividade e vantagem competitiva.

Entretanto, a implementação efetiva da diversidade enfrenta uma série de desafios. Primeiramente, há a resistência cultural, onde preconceitos e estereótipos arraigados podem dificultar a aceitação e a integração de indivíduos de grupos sub-representados. Além disso, a falta de representatividade em posições de liderança pode perpetuar um ciclo de exclusão, visto que a ausência de modelos de sucesso diversificados desestimula a entrada e a permanência de novos talentos.


É a partir dessa perspectiva e de sua vivência pessoal na profissão contábil que Thais Araújo, contadora e fundadora da Somos IC, desenvolveu seu trabalho de conclusão de curso em 2023, ocasião em que se formou pela Universidade Federal do Tocantins. Nele, assim como no artigo submetido e aprovado no 21º Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade, ela discorre sobre os desafios de ser estudante, profissional contábil e LGBTQIA+.


Thais Araújo, contadora da Somos IC está a frente de um telão com apresentações de slide. O slide contém dados sobre discirminação e aceitação no ambiente profissional.
Thais Araújo, Cofounder SomosIC

“Abrir as portas da sua empresa para a diversidade, além de humanitário, é primordial para quem quer inovar no mercado atual. É necessário mudar a cultura empresarial, não somente a "faixada da empresa". Somente assim, as diferentes pessoas que integram a sua equipe de trabalho poderam utilizar seus potenciais para inovar e contribuir verdadeiramente com seu crescimento” - Thais Araújo

Um dos principais desafios é o preconceito velado, que se manifesta de forma sutil e muitas vezes difícil de comprovar. Comentários insidiosos, piadas de mau gosto e atitudes excludentes podem criar um ambiente hostil que mina a autoestima e o bem-estar dos funcionários LGBTQIA+. Este tipo de comportamento não apenas afeta a saúde mental desses profissionais, mas também reduz sua produtividade e capacidade de inovação, impactando negativamente a organização na totalidade.


Além disso, estigmas persistentes em relação à orientação sexual e identidade de gênero frequentemente resultam em barreiras para o avanço na carreira. Muitos profissionais LGBTQIA+ relatam a necessidade de esconder sua verdadeira identidade para evitar retaliações ou a perda de oportunidades de promoção. Essa pressão para viver uma vida dupla pode ser extenuante e desumanizante, levando a um desgaste emocional significativo.


Iniciativas de inclusão e diversidade, como programas de mentorias específicos, treinamentos de sensibilidade e a criação de grupos de afinidade, são passos importantes para combater esses preconceitos e estigmas. No entanto, é fundamental que essas ações sejam acompanhadas por um compromisso genuíno da liderança em promover uma cultura corporativa verdadeiramente inclusiva. Somente mediante um esforço contínuo e consciencioso será possível criar um ambiente onde todos os profissionais, independentemente de suas diferenças, possam prosperar e contribuir plenamente para o sucesso da organização.

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